Em seu discurso de despedida da presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Luís Roberto Barroso não poupou críticas ao presidente Jair Bolsonaro e sua postura de desacreditar o sistema eleitoral brasileiro. Ao longo de sua fala, o ministro chegou a destacar que foi uma perda de tempo o debate sobre o voto impresso, proposta defendida pelo mandatário.

“Aqui no Tribunal Superior Eleitoral, procuramos fazer a nossa parte na resistência aos ataques à democracia. Aliás, uma das estratégias das vocações autoritárias em diferentes partes do mundo é procurar desacreditar o processo eleitoral, fazendo acusações falsas e propagando o discurso de que ‘se eu não ganhar houve fraude’. Trata-se de repetição mambembe do que fez Donald Trump nos Estados Unidos, procurando deslegitimar a vitória inequívoca do seu oponente e induzindo multidões a acreditar na mentira”, disse Barroso.

Em seguida, o ministro citou quais foram as reações da Corte eleitoral ao que chamou de “estratégias antidemocráticas” e disse que, “para além dos pronunciamentos incisivos” que ele e outros ministros fizeram, houve uma “série de medidas concretas” por parte do Tribunal. Foi nesse contexto que falou de Bolsonaro.

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