Postado por Daniel Morais em 11 de set de 2018
O ex-governador do Paraná e candidato ao Senado Beto Richa (PSDB), sua mulher Fernanda Richa e seu ex-chefe de gabinete Deonilson Roldo foram presos nesta terça-feira, 11. As ordens são da Justiça do Estado e foram cumpridas pelo Gaeco, do Ministério Público do Paraná. O casal será levado para o Gaeco. A investigação está ligada ao Programa Patrulha do Campo. Além desta ofensiva, aliados de Beto Richa foram alvo de mandados da Justiça Federal do Paraná. Também nesta terça, Deonilson Roldo foi alvo de um mandado de prisão da Operação Lava Jato. A Polícia Federal deflagrou a Operação Piloto nos estados da Bahia, de São Paulo e do Paraná. Aproximadamente 180 policiais federais cumprem 36 ordens judicias nas cidades de Salvador/BA, São Paulo/SP, Lupianópolis/PR, Colombo/PR e Curitiba/PR. Em nota, a PF informou que a investigação mira suposto pagamento milionário de vantagem indevida, em 2014, pelo Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht, o departamento de propina da empreiteira, para agentes públicos e privados no Estado Paraná. Segundo os investigadores, a contrapartida seria um possível direcionamento do processo licitatório para investimento na duplicação, manutenção e operação da rodovia estadual PR-323 na modalidade parceria público-privada. As condutas investigadas podem configurar os delitos de corrupção ativa e passiva, fraude à licitação e lavagem de dinheiro. O nome dado à operação policial remete a codinome atribuído pela Odebrecht em seus controles de repasses de pagamentos indevidos a um investigado nesta operação policial. Os presos serão levados à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba/PR onde permanecerão à disposição da Justiça.
Discriminação dos mandados judiciais da PF:
SALVADOR/BA
01 mandado de busca e apreensão
SÃO PAULO/SP
01 mandado de busca e apreensão
PARANÁ/PR
LUPIANÓPOLIS/PR
02 mandados de busca e apreensão
COLOMBO/PR
01 mandado de busca e apreensão
CURITIBA/PR
28 mandados de busca e apreensão
02 mandados de prisão preventiva
01 mandado de prisão temporária
Fonte: Estadão