Três ex-executivos da Petrobras e três operadores financeiros, um deles ligado ao MDB, foram presos nesta terça-feira, 9, na 51ª fase da Operação Lava Jato, batizada de “Déjà Vu”. A investigação aponta para um suposto pagamento de propina equivalente a R$ 200 milhões entre 2010 e 2012 pela construtora Odebrecht a políticos do MDB e do PT para obter um contrato com a Petrobras de US$ 825 milhões. Por ordem do juiz Sérgio Moro, da 13.ª Vara Federal de Curitiba, foram cumpridos mandados no Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo contra alvos investigados por corrupção, associação criminosa, fraudes em contratações públicas, crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro, entre outros delitos.

Os ex-executivos Aluísio Teles Ferreira Filho, Ulisses Sobral e Rodrigo Pinaud, todos vinculados à Diretoria Internacional da Petrobras, além do operador Ângelo Lauria, foram alvos de prisão preventiva. Outro operador, Sérgio Boccaleti, foi alvo de prisão temporária – que tem prazo de cinco dias.

O único mandado de prisão não cumprido foi o de Mário Miranda, operador ligado ao MDB, segundo os investigadores. Os procuradores do Ministério Público Federal haviam alertado que era “concreto o risco de fuga” dele, já que ele tem residência em Portugal.

Procurados, Odebrecht e a defesa de Ferreira Filho não se pronunciaram sobre o caso. Já o advogado Antônio Figueiredo Basto, que defende Miranda, afirmou que não comentaria a ordem de prisão. A reportagem não localizou a defesa dos outros alvos da operação.

Estadão