Vereadores se reuniram com a direção do SIMMP (Sindicato do Magistério Municipal Público de Vitória da Conquista) nessa quinta-feira, 26, para ouvir os relatos da categoria, em greve há uma semana, e o contexto da paralisação. A reunião aconteceu na sede do sindicato e contou com as presenças dos vereadores Valdemir Dias (PT), Professor Cori (PT), Jorge Bezerra (SD), Danillo Kiribamba (PCdoB) e Nildma Ribeiro (PCdoB), de membros da diretoria do SIMMP, a secretária geral, Ruthe Prado Trindade, e a presidente, Ana Cristina Novais, além dos professores Zeferino Ângelo e Cezar Nolasco.

Segundo a categoria, a greve foi deflagrada após eles rejeitarem a proposta de reajuste salarial de 2,7% oferecida pela Prefeitura. O SIMMP explicou que o valor proposto está abaixo do repasse do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que neste ano é de 6,81%. Além disso, a forma como o reajuste foi proposto pelo Executivo, caso seja aprovado, será feito de forma desigual, com percentuais diferentes para cada nível, explicou os sindicalistas. Eles alegam que ocorrerá perda salarial e prejuízos na progressão de carreria. O SIMMP entregou um relatório com dados sobre a arrecadação municipal, simulações com base no reajuste proposto e no que reivindicam e informações sobre os níveis de carreira.

“Do ponto de vista do professor é dramático. A nossa situação é dramática mesmo porque nesse momento a gente não luta para ganhar, como sempre foi. A luta sempre foi para adquirir mais. Nós estávamos acostumados a lutar para ganhar. Nesse momento nós lutamos para não perder, para não perder a carreira”, detalhou a presidente Ana Cristina.

Os vereadores destacaram que a qualidade da educação municipal depende da valorização dos servidores e se prontificaram a mediar novamente a negociação com o Executivo. Afirmaram ainda que existe legislação que dá base a uma discussão mais flexível sobre o reajuste e estão dispostos a ajudar nesse processo.