O dólar abriu em leve queda nesta segunda-feira (15), mas inverteu o sentido para a alta por volta de 9h30 com a escalada da tensão no Oriente Médio em foco. Às 9h30, a moeda à vista subia 0,32%, a R$ 5,1460 na venda.

Na última sexta (12), o dólar subiu 0,61%, em sua terceira sessão consecutiva de valorização, e fechou o dia cotado a R$ 5,121, renovando seu maior valor desde outubro do ano passado, com as perspectivas de juros altos por mais tempo nos Estados Unidos. No acumulado da semana, o avanço foi de 1,11%, o mais intenso desde janeiro.

Na noite de sábado, centenas de drones e mísseis lançados de forma inédita pelo Irã de seu próprio território em direção a Israel avançou mais um passo na disputa maior na região entre Tel Aviv e o autodenominado “Eixo da Resistência” —grupo de atores liderados por Teerã que se opõem ao Estado judeu, entre eles o Hamas na Faixa de Gaza.

A expectativa era que o conflito causasse choques nos preços do petróleo, o que não ocorreu. Nesta manhã, petróleo Brent, referência internacional, caiu 1% para US$ 89,52 por barril. O West Texas Intermediate, referência dos EUA, caiu 1,2% para US$ 84,63 por barril. Os mercados de ações também tiveram reações contidas.

O principal motivo para o salto recente da divisa continua sendo os dados recentes de inflação nos Estados Unidos, que enterraram apostas de queda de juros no país neste semestre.

A perspectiva de juros mais altos nos EUA beneficia o dólar pois aumenta a rentabilidade da renda fixa americana, atraindo recursos para o país e penalizando mercados de maior risco, como o Brasil.

A Bolsa brasileira também foi penalizada e passou a registrou queda, pressionada pelo setor financeiro. O Ibovespa recuou 1,13%, terminando o dia aos 125.946 pontos, o nível mais baixo do ano.

 

Folhapress