Postado por Redação Brasil em 27 de jun de 2018
Manuela D’Ávila, pré-candidata à presidência pelo PCdoB, esteve no programa “Roda Viva” dessa segunda-feira (25) e o que se viu foi um festival de manterrupting. Em inglês essa palavra é uma junção de man (homem) com interrupting (interrupção) e é usada para explicitar situações em que um ou mais homens fica(m) interrompendo a fala de uma ou mais mulheres, impedindo que ela(s) conclua(m) o que estava sendo dito.
Num dos momentos em que isso ficou mais evidente, o entrevistador Frederico D’Ávila – que é assessor de Jair Bolsonaro – perguntou a Manuela se ela é a favor da castração química. Em resposta, a deputada começou a falar sobre cultura do estupro, dizendo que a solução para o problema está na educação. Frederico não deixou ela concluir o que dizia, introduzindo à conversa uma indagação sobre nazismo e Exército Vermelho – o que nada tinha a ver com a questão do estupro. Além disso, o homem também chegou a dizer que a cultura do estupro não existe. (*Relembre: Como é ser mulher na ciência, segundo 4 pesquisadoras brasileiras)
Fonte: M de Mulher / Abril
Entrevista é quando um pergunta e o outro responde. Manuela não foi entrevistada. O vídeo é auto explicativo sobre o assunto tratado: um homem machista tentando calar uma mulher e fazendo valer a sua opinião a qualquer custo. pic.twitter.com/uv0q6cp2io
— Elika Takimoto (@elikatakimoto) 26 de junho de 2018