Postado por Verônica Ferraz em 29 de ago de 2022
Espaço de distribuição e comercialização de alimentos, as feiras livres atuam na venda direta ao consumidor, por meio da oferta de produtos de qualidade com preço justo. Em Vitória da Conquista, elas representam uma tradição local e estão concentradas nos bairros Brasil, Alto Maron, Vila América, Urbis V, Urbis VI e Patagônia, além da Ceasa do Centro da cidade, onde recebem toda a assistência da Prefeitura Municipal, a exemplo de limpeza e lavagens periódicas. Mais de mil boxes estão distribuídos nesses equipamentos, gerando emprego e renda para centenas de famílias.
Sob a responsabilidade da Secretaria Municipal de Serviços Públicos (Sesep), as feiras são lavadas com um caminhão-pipa a cada quinze dias. Na Ceasa, ainda é feita a manutenção das caixas de gordura mantidas pelos boxes do setor de carnes. Além disso, a Prefeitura oferece uma estrutura de segurança, principalmente por meio da Guarda Municipal. O objetivo é garantir bem-estar aos feirantes e consumidores.
No que diz respeito à parte organizacional, os fiscais da Sesep se ocupam de cuidar para que o espaço esteja de acordo com as regras de funcionamento, mantendo as vias públicas livres para a circulação de pedestres e veículos.
A Prefeitura promoveu também, este ano, a substituição dos equipamentos de iluminação das feiras dos bairros Brasil, Alto Maron e também do Ceasa. Em lugar das antigas, foram instaladas novas lâmpadas de LED, cuja capacidade de iluminação é mais potente.
“A gente sabe da importância dessas feiras, da venda de biscoitos da culinária tradicional de Vitória da Conquista, e da venda de hortifrútis também. Sem contar a importância econômica que elas têm, já que as feiras de Conquista movimentam um fluxo econômico muito alto”, afirma o secretário municipal de Serviços Públicos, Kairan Rocha.
Dia do Feirante
As ações da Prefeitura nas feiras livres de Conquista demonstram o cuidado com o feirante, cujo dia é celebrado nesta quinta-feira, 25 de agosto. Aliás, a data tem origem na criação da primeira feira livre do Brasil, em 1914, em São Paulo. A ideia deu certo e se expandiu para outros locais e regiões do país.
Mas apesar da importância da feira e das inúmeras ações empreendidas pelo Governo Municipal, a realidade de quem trabalha nesses locais não é fácil. A maioria chega muito cedo ao espaço, entre 4h e 5h, para receber os alimentos que serão comercializados e abrir os boxes, só retornando para suas casas no final da tarde.
É o caso de Dona Lidiomar Pereira da Silva, 56 anos, veterana da Ceasa. No dia 5 de setembro, ela vai completar 33 anos como permissionária dos boxes 271 e 272, no segundo galpão. Sua lanchonete está ali desde 1989. “Criei meus dois filhos aqui, debaixo deste balcão”, orgulha-se a comerciante, que também é avó de dois netos.
A rotina de Dona Lidi, como prefere ser chamada, é difícil. Ela chega cedo ao ponto e só fecha por volta das 18h, para retornar a sua casa, situada nas proximidades da Lagoa das Flores. Em casa, começa outra jornada na preparação dos produtos que serão vendidos no dia seguinte. Conclui a tarefa por volta de uma hora da manhã, para recomeçar ao raiar do dia. “É difícil, mas gratificante. Quando a gente faz o que ama, tudo se torna mais fácil”, garante Lidi.