Aconteceu. A história foi escrita. Está marcada mais uma geração. Eternizou-se mais um elenco. Fez-se novos ídolos. Enlouqueceu-se uma massa. O tricampeonato da América aconteceu e nada mais apaga essa história. Nada é maior, no futebol, do que taça no armário. O maior do Sul é Tri, o maior do sul é dono da América!

Não é possível que exista alguma alegria maior na vida que comemorar um título dessa magnitude. Se existe outra razão para se estar vivo, agora, me apresente. Se um dia choramos, hoje, tu curaste nossas feridas, Grêmio. E perdoe qualquer devaneio irracional que possa ter saído de nossas bocas. Perdoe qualquer momento de desconfiança. Perdoe as vezes que questionamos Fernandinho, Jael, Bressan, Jaílson ou Cortez. Perdoe por termos esquecido que é impossível fazer previsões quando se trata de Grêmio.

Na imensa maioria das vezes, Grêmio, nós somos perdidamente apaixonados, inconsequentes e desnaturados que desejam, com todas as forças, a América. Nós, que suportamos tudo ao teu lado, enfim, fomos recompensados. E tudo valeu a pena. O Grêmio pode levantar outras taças, mas a América? Essa é a nossa cara. É o nosso xodó. É a copa que leva nossa personalidade aguerrida. É a nossa praia.

Eu tenho uma coisa pra dizer: Renato não é técnico. Ele é mais que isso. Ele é um ser que aparenta ter sido fabricado pelo Grêmio e programado para fazer com que tudo dê certo quando ele e o clube estão juntos. A estrela dele brilha junto com as do tricolor.

Salve o Grêmio, o Tricampeão da América! Contemplem o futebol envolvente de um time que ditou as regras da final de uma copa continental, em plena Argentina. Admirem nossos jogadores, se apavorem com o nosso futebol. Esse é o Grêmio. Isso é o que somos capazes de fazer!

Muito obrigada, Grêmio, por ser assim. Pela raça, pela técnica, pela alma castelhana. Agradeço ao meu pai que me fez gremista, mas… pensando bem, não vejo como não poderia ser. É espetacular torcer pra ti, Grêmio. É inexplicável te amar.