Postado por Verônica Ferraz em 24 de ago de 2022
O candidato a presidência, Ciro Gomes (PDT), propôs a lei antiganância que, na prática, imporia um teto de juros. De acordo com o pedetista, a pessoa física que pagar, em valor, o equivalente ao dobro da dívida original, terá a quitação automática do débito. Na prática, a proposta poderia significar um tabelamento do crédito.
Em entrevista ao Jornal Nacional, Ciro afirmou se inspirar numa lei semelhante no Reino Unido. “É assim: todo mundo do crédito pessoal, do cartão pessoal, do cartão de crédito, do cheque especial etc, ao pagar duas vezes a dívida que tem, fica quitada por lei essa dívida”, disse o candidato sem entrar em muitos detalhes.
Em nota, Ciro Gomes deu mais detalhes sobre a sua proposta. “O Brasil cobra há anos os juros mais altos do mundo. Isso explica por que quatro bancos brasileiros estão entre os mais lucrativos do mundo. Vou dar um basta nisso criando a Lei Antiganância. Ela vai proibir os bancos de cobrarem mais de duas vezes o valor de um empréstimo ou de uma dívida que as pessoas têm no cartão de crédito ou no cheque especial. Ou seja, se você pegou R$ 100 e já pagou R$ 200, a dívida fica automaticamente quitada”.
Lei antiganância repercute na internet
Logo após a entrevista que Ciro Gomes concedeu ao JN, o assunto “lei antiganância” repercutiu nas redes sociais. Vários usuários do Twitter comentaram o tema e, aparentemente, aprovaram a ideia do candidato do PDT.