Postado por Verônica Ferraz em 20 de fev de 2022
Até a noite de sábado (19), as equipes de resgate que atuam em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, retiraram 24 pessoas com vida dos deslizamentos e enchentes que afetam a cidade desde terça-feira (15), quando um temporal caiu na região. A cidade foi novamente atingida por chuvas fortes na quinta-feira (17). O número de mortos subiu para 152 e ainda há 165 pessoas desaparecidas, segundo a Polícia Civil do estado. As informações são da Agência Brasil.
As equipes da Defesa Civil mantiveram as buscas durante toda a noite, mesmo com a chuva forte a moderada. Desde terça-feira foram registrados mais de 800 chamados, sendo a maioria por deslizamentos, que afetaram casas e vias públicas em diferentes pontos da cidade. Cerca de 800 pessoas estão sendo atendidas pela Assistência Social, em 20 pontos de apoio montados para acolher os moradores de área de risco.
Cães farejadores da Guarda Civil Municipal de Petrópolis e de outras corporações, de diversos estados do país que enviaram ajuda à cidade, estão auxiliando nas buscas pelos corpos das vítimas dos deslizamentos de terra. São 35 cães atuando em locais como o Alto da Serra, Rua Teresa, Sargento Boening, Caxambu e Cremerie.
A expectativa é que neste domingo (20) o número de animais atuando nos trabalhos de busca e resgate suba para 45. Eles foram enviados de estados e municípios como Teresópolis, Magé, Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Minas Gerais e Santa Catarina. Também são aguardados quatro cães da Argentina e mais animais enviados pelo governo de Goiás e do Rio Grande do Sul.
De acordo com o responsável técnico e operacional do Grupamento de Operações com Cães de Petrópolis, Leandro Lopes, os cães tiveram uma participação importante no resgate de dezenas de corpos.
“Para que possamos dar mais velocidade e dinâmica ao trabalho, a partir do momento que fazemos a detecção e o animal dá o sinal de positivo, já partimos para outro ponto enquanto os bombeiros iniciam as escavações no local indicado. Por isso, não temos ainda um levantamento de quantas vítimas foram encontradas com vida ou não”.