Com foco na facção criminosa Bonde do Maluco (BDM), uma operação em conjunto foi deflagrada na manhã desta terça (12), na Bahia, Sergipe, Alagoas e Goiás. Segundo a Polícia Federal, estão sendo cumpridos 11 mandados de prisão preventiva, seis de condução coercitiva e 19 de busca e apreensão.

Essa é a segunda fase da Operação Última Estação, que acontece em conjunto com as polícias Civil e Militar. Cerca de 150 policiais participam da ação. Os mandados estão sendo cumpridos em Salvador, Porto Seguro, Alagoinhas, Dias D’Ávila, Camaçari e Serrinha, na Bahia; além de Aracaju, em Sergipe; Maceió, em Alagoas; e Goiânia, em Goiás.

(Foto: Mauro Akin Nassor/CORREIO)

Na primeira fase da operação, deflagrada em setembro deste ano, o alvo foram os bens do traficante Marcelo Batista dos Santos, o Marreno. Durante as investigações, foram identificados outros membros da organização criminosa também faziam lavagem do dinheiro do tráfico de drogas, fazendo com que o valor circulasse em contas bancárias de terceiros ou abertas com identidades falsas e adquiriam imóveis e outros bens em nome de interpostas pessoas.

De acordo com a Polícia Federal, já foram apreendidos 40 Kg de maconha, cinco fuzis, uma pistola de calibre restrito, recuperados três veículos roubados e apreendidos outros três veículos dos criminosos.

Marreno morreu em confronto com a polícia em agosto deste ano
(Foto: Alberto Maraux/SSP)

Quem era Marreno?

Marcelo ocupava um dos lugares principais da lista com aproximadamente 80 alvos principais da SSP. Segundo monitoramento feito pela polícia, ele estava morando em uma cidade do interior de Alagoas e dando as ordens via telefone para os integrantes da facção que têm atuação em bairros de Salvador como Brotas, Cajazeiras e Liberdade. O BDM é reconhecido pela crueldade na execução de rivais ou desafetos.

As investigações indicam que Marreno fazia contato com presos custodiados no sistema prisional e determinava o assassinato de rivais. Em janeiro de 2011, foi preso com outras nove pessoas suspeito de participar do assalto ao Banco do Brasil, ocorrido no município de Iaçu, no Centro-Norte do estado. Durante a ação, ele fez um delegado de refém e roubou a arma do investigador.

Após a morte de Marreno, toque de recolher aconteceu no bairro da Boca do Rio. A morte também teria relação com ônibus queimado na região do antigo Centro de Convenções em 10 de agosto.

Fonte Correio da Bahia