Saiba tudo sobre a técnica mais indicada para casos severos , nos quais não é possível reverter o quadro com exercícios ou intervenções não invasivas

A gestação é um período intenso para o corpo da mulher, com muitas alterações hormonais e físicas. Um dos principais desejos das novas mães é voltar a ter o corpo, ou melhor, a barriga de antes da gravidez e quando isso não acontece nem com a prática de atividade física aliada aos bons hábitos alimentares, pode ser sinal de diástase abdominal. Estima-se que 30% das gestantes apresentem esta condição, que indica a separação dos músculos do abdômen, mais especificamente os músculos retos abdominais.

Diástase abdominal é um afastamento dos músculos que se alongam e se afastam da linha central do abdômen devido ao aumento do útero e, consequentemente, da barriga. “Mas também pode ocorrer em pessoas obesas que tiveram uma perda de peso brusca e em indivíduos com distúrbio na produção de colágeno, com doenças pulmonares crônicas e, até mesmo, com diabetes”, explica o cirurgião plástico Newton Roldão, proprietário da clínica médica que leva seu nome e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Segundo o serviço de saúde pública britânico, o NHS (na sigla em inglês), os músculos abdominais costumam voltar à posição normal em até oito semanas após o parto. No entanto, um estudo norueguês de 2016 estima que aproximadamente um terço das mães continuam com a diástase do reto abdominal um ano após dar à luz.

Esta não é somente uma questão de estética. Em decorrência à diástase, muitas mulheres também podem ter incontinência urinária, dores na lombar, pernas e na região pélvica, além de problemas de postura.

Tratamento

Exercícios de fortalecimento muscular são capazes de reverter o quadro no pós-parto em alguns casos. Em quadros mais severos, a indicação é procurar um cirurgião plástico para a realização de uma abdominoplastia.

Esta técnica consiste em uma incisão realizada acima da região púbica, de um lado ao outro do quadril. O médico sutura os músculos juntos, eliminando o excesso de pele e de gordura. De acordo com Newton Roldão, “os benefícios de uma abdominoplastia pós-parto incluem a remoção de tecido adiposo e pele em excesso, o reforço cirúrgico da musculatura, bem como eventualmente a melhora da aparência da cicatriz cesariana ou até mesmo sua eliminação”.

Em estudo publicado no periódico Plastic and Reconstructive Surgery, de março de 2018, cirurgiões plásticos australianos e ingleses estudaram a incidência de dor lombar e incontinência urinária em mulheres no pós-parto que se apresentaram para realizar abdominoplastia. Como conclusão, constataram uma melhora significativa nos sintomas funcionais pós tratamento.

Mas é importante alertar que as mães que decidirem fazer o procedimento precisam aguardar, no mínimo, um ano após o final da amamentação. Assim a recuperação será mais tranquila, já que a criança estará andando e não será necessário pegá-la muito no colo. Roldão explica que o prazo de recuperação cirúrgico costuma ser de um mês e deve ser cumprido a risca, para que o efeito seja excelente e alcance todas as expectativas. “Nos primeiros dias após a cirurgia, a paciente não poderá pegar peso ou movimentar o braço com intensidade. O resultado do procedimento acontecerá cerca de seis meses depois, quando os tecidos desincham e adquirirem a forma final”, pontua Roldão.

Sobre a Clínica Dr. Newton Roldão

Situada na Vila Nova Conceição, São Paulo, a clínica possui um ambiente construído para abrigar o melhor da tecnologia e conhecimento médico. Fazem parte do corpo clínico especialistas em cirurgia plástica, nutrição e fisioterapia dermato-funcional.

acesse o sitewww.drnewtonroldao.com.br

M. CLAIR COMUNICAÇÃO