O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) precisou ser levado de helicóptero para Natal após passar mal na manhã desta sexta-feira (11) durante uma agenda em Santa Cruz, no interior Rio Grande do Norte. O veículo aéreo foi cedido pela governadora do estado, Fátima Bezerra (PT).
Segundo a coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles, auxiliares do ex-mandatário afirmaram que Bolsonaro sentiu fortes dores abdominais causadas por obstrução intestinal ainda decorrente da facada que levou em 2018.
O ex-presidente deu entrada em um hospital público da cidade, mas já foi transferido de helicóptero para um hospital particular em Natal, capital do estado.
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade nesta quarta-feira (26) tornar réus o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados por tentativa de golpe de Estado em 2022. Os cinco ministros votaram para aceitar a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Os votos foram dos ministros Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino, Luiz Fax e Cármen Lúcia, Cristiano Zanin. Agora, os acusados passarão a responder a um processo penal — que pode levar a condenações com penas de prisão
A sessão teve início às 9h45, 15 minutos depois do horário previsto. A abertura foi feita pelo presidente da Turma, ministro Cristiano Zanin, e, em seguida, o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito, leu seu relatório. Na sequência, o procurador-geral da República, Paulo Genet, defendeu a abertura da ação penal. As defesas dos denunciados também apresentarem seus argumentos.
Além de Zanin e Moraes, compõem a Primeira Turma os ministros Flávio Dino, Luiz Fux e Cármen Lúcia. A primeira sessão do caso foi encerrada por volta das 12h30, e o julgamento foi retomado pouco depois das 14h, com os votos dos ministros. Caso o julgamento não seja finalizado nesta terça, outra sessão está marcada para quarta-feira, às 9h30.
Os portais dos principais jornais argentinos amanheceram neste domingo, 7, com manchetes chamando a atenção para as possíveis consequências da visita do presidente da Argentina, Javier Milei, ao Brasil. Os periódicos alertam para possível “ruptura” e “retirada do embaixador brasileiro em Buenos Aires” caso o argentino volte a ofender o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante o discurso dele na Conferência de Política Ação e Conservadora (CPAC Brasil), que deve encerrar o evento neste domingo, 7.
Segundo a reportagem do “Clarín”, que afirma ter ouvido fontes da diplomacia brasileira, Lula estaria disposto a “uma represália diplomática muito forte” caso Milei volte a ofendê-lo. O texto cita sobre a possibilidade de o governo brasileiro chamar Julio Bitelli, o embaixador brasileiro no país, para consultas, caso esse cenário se concretize. Se a crise se intensificar, o próximo passo seria a retirada do diplomata da Argentina.
O jornal afirma que uma reação tão forte não ocorreria entre os vizinhos desde 1906, quando o ministro de Relações Exteriores do Brasil, Barão de Rio Branco, convocou o embaixador em meio a conflitos de demarcação de fronteiras.
O “La Nacion” também traz a mensagem que teria sido transmitida pelo governo de Lula, afirmando que, caso Milei volte a insultar o presidente brasileiro, “seria uma situação grave que poderia ter profundas consequências diplomáticas, como a retirada do embaixador em Buenos Aires, e que complicaria muito a relação bilateral, podendo até levar a uma ruptura de relações, como ocorreu com a Espanha”. O jornal afirma que Milei comentou, internamente, que não tem a intenção de atacar Lula.
Outro portal, o “Pagina 12″, publicou um artigo em que fala que Milei está em uma “conferência ultradireitista” com Bolsonaro, e que é esperado que o argentino “redobre suas críticas à Lula”.
A visita de Milei está sendo vista com serenidade pelo Itamaraty. A diplomacia brasileira avalia dois cenários, um onde o argentino sobe o tom contra a esquerda, como fez em viagem recente aos Estados Unidos, e nesse caso não há risco de mal-estar diplomático.
Outra possibilidade é ele partir para ataques pessoais, como fez na visita à Espanha, gerando uma crise entre os dois países após ignorar o premiê socialista Pedro Sánchez e acusar a primeira-dama de corrupção.
Independentemente do viés adotado, a orientação do Itamaraty é não deixar o governo Lula ser pautado pelo presidente argentino. Prevalece o entendimento de que, se for necessário responder Milei, será por meio de uma manifestação única e firme.
Karina Ferreira/Estadão
A Polícia Federal (PF) decidiu pedir o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro em dois inquéritos: o que apura a venda ilegal de joias no exterior e o que investiga a falsificação de cartões de vacinação contra a Covid-19.
O pedido de indiciamento do ex-mandatário, segundo apurou a coluna, foi concluído nos últimos dias e deve ser remetido à Procuradoria-Geral da República (PGR) nesta quinta-feira (4). Além de Bolsonaro, outros aliados e auxiliares do ex-presidente também tiveram o pedido de indiciamento feito pela Polícia Federal. Entre eles, os advogados Fabio Wajngarten e Frederico Wasseff.
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, também consta na lista de indiciamentos. O militar foi peça chave nos inquéritos, após fechar um acordo de delação premiada com a PF.
A coluna apurou que, apesar dos pedidos de indicamento, a Polícia Federal não vai requerer a prisão preventiva nem de Bolsonaro, nem dos demais indiciados, como a coluna antecipou em junho.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu por unanimidade, nesta sexta-feira (3), manter a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-ministro Walter Braga Netto (PL) por oito anos.
A corte negou recurso apresentado pela defesa contra a condenação dos dois por abuso de poder durante as comemorações do Bicentenário da Independência, em 7 de setembro de 2022. O julgamento aconteceu no plenário virtual.
O tribunal também manteve a aplicação de uma multa no valor de R$425,6 mil a Bolsonaro e de R$212,8 mil a Braga Netto, pela prática de conduta vedada a agente público. De acordo com o TSE, Bolsonaro e Braga Netto cometeram abuso de poder político e econômico ao misturar um evento oficial com um ato de campanha eleitoral. Concluído o julgamento na Justiça eleitoral, Bolsonaro e Braga Netto ainda poderão recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O ex-presidente Jair Bolsonaro(PL) realiza neste domingo (21), feriado de Tiradentes, uma manifestação em Copacabana, no Rio de Janeiro. O ato tinha início marcado para as 10h e a expectativa é que os os governadores Claudio Castro (PL-RJ), Jorginho Mello (PL-SC) e Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) estejam presentes.
A manifestação ocorre dois meses após uma mobilização na Avenida Paulista, em São Paulo e em meio às críticas do empresário Elon Musk contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo a coluna de Guilherme Amado do Metrópoles, o ex-mandatário tem a intenção de colocar um de seus filhos para discursar durante o evento. A escolha deve ficar entre o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), já que Carlos Bolsonaro (PL) está cotado para concorrer a um novo mandato e caso participasse poderia configurar propaganda antecipada
Uma vaquinha foi feita para financiar os gastos com o ato. Ela foi articulada pelo deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e levantou cerca de R$ 125 mil. No total, 25 parlamentares doaram R$ 5 mil casa, para bancar o aluguel de trios elétricos e outras despesas.
A Polícia Federal (PF) está investigando o ex-ministro da Casa Civil, general Walter Braga Netto, por supostamente tentar recrutar militares das Forças Especiais do Exército para um possível golpe de Estado a favor do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo a PF, a organização criminosa que planejou o golpe de Estado era composta por seis núcleos, com Braga Netto atuando em duas frentes responsáveis por incitar e influenciar militares a aderirem ao plano.
Uma reunião chave para a investigação ocorreu no apartamento do então ministro da Casa Civil, em Brasília, em 12 de novembro de 2022. Os participantes discutiram o financiamento de hotel, alimentação e material para manifestantes bolsonaristas, incluindo militares. A PF está investigando quem participou do encontro, tanto presencialmente quanto por videoconferência.
Mensagens obtidas pela PF durante a investigação mostram que o tenente-coronel Mauro Cid, à época ajudante de ordens de Bolsonaro, ajudou a organizar protestos no Congresso Nacional e no Supremo Tribunal Federal (STF) em 15 de novembro de 2022, data da Proclamação da República, e prometeu suporte das Forças Armadas para garantir a segurança dos manifestantes. Cid ofereceu R$ 100 mil para cobrir gastos com hospedagem e alimentação de manifestantes, além de materiais, e orientou que pessoas fossem trazidas do Rio de Janeiro.
A PF identificou um segundo encontro, também em Brasília, que teria sido marcado com o objetivo específico de recrutar militares simpáticos ao plano golpista. A reunião aconteceu em 28 de novembro de 2022, em um salão de festas na Asa Norte, e teria sido articulada por Mauro Cid e o coronel Bernardo Romão Correa Neto. A PF suspeita que a reunião serviu para o grupo redigir uma carta para pressionar o então comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, a aderir ao golpe de Estado após a vitória de Lula na eleição.
Lula retomou suas críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por não reconhecer o resultado das eleições de 2022. Essa declaração ocorreu no mesmo dia em que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), derrubou o sigilo dos depoimentos relacionados à tentativa de golpe de Estado.
“Até hoje ele não reconhece a derrota. Outro dia ele falou: ‘Eu não sei como perdi’. Ele não sabe como perdeu porque gastou quase R$ 300 bilhões e achava que não ia perder, e perdeu”, disse o presidente.
Lula também fez provocações ao ex-presidente ao afirmar que o governo anterior não executou obras de infraestrutura.
“Queria que alguém mostrasse uma obra que foi feita no governo passado. É impressionante a incapacidade de execução”, pontuou. “Isso é uma demonstração de que quando você não tem o que mostrar, não tem o que fazer, você arruma briga. Todo dia arruma briga com alguém, xinga alguém, provoca a imprensa”, completou.