Nas últimas semanas tenho falado sobre as principais praças esportivas de Vitória da Conquista e obviamente o Lomantão não ficaria de fora, sendo esta a nossa mais imponente representação do esporte local.
O Lomantão do alto dos seus 53 anos de atividade já viu de tudo, de shows – sendo o mais recente o de Roberto Carlos em 2017 – a jogos envolvendo equipes de fora do estado, como o Flamengo x Vasco de 1986, mas nos últimos anos, o que o local não tem visto é um cuidado digno com a sua estrutura.
Há anos venho falando nos programas de rádio que participei sobre a necessidade de um cuidado mais profissional com o gramado. Gramado este que as autoridades não cansam de dizer que foi utilizado na Copa de 2014 e sofreu recentemente com fungos, buracos, além do aspecto horroroso com aquele matagal enorme crescendo no final do ano passado. Numa cidade que anualmente forma diversos agrônomos em uma universidade pública, será possível que nenhum deles teria capacidade suficiente para dar um encaminhamento razoável ao tapete do espetáculo?
Some a isso, as cabines de imprensa ultrapassadas – que nos fornece grandiosas oportunidades peculiares como goteiras, marimbondos e a ausência de um serviço de wi-fi, tão prometido em anos passados, e mais a caducidade da estrutura dos vestiários que estavam ótimos para o tempo da inauguração, hoje são apenas banheiros mais espaçosos. Há uma conversa antiga das cabines serem transferidas para cima do prédio dos vestiários, mas sabe-se lá como e quando isso seria feito.
Mas nem tudo nesta coluna são defeitos, meus amigos, rendo agora meus elogios à drenagem que se mostrou muito eficaz naquele Vitória da Conquista x Bahia do início do ano. Também à reforma de 2015/2016 que trouxe o campo para mais perto da arquibancada, o que facilitou demais para torcedores e radialistas.
O Lomanto tem seu charme. Para muitos, o estádio mais bonito do Brasil, mas muito ainda pode ser feito para que ele volte a ser a referência do interior. Se compararmos com outro gigante de congresso do estado, o Jóia da Princesa ainda está anos-luz à frente em termos de estrutura e organização e pode muito bem ser um modelo a ser seguido para que pontos como esses relatos sejam corrigidos nos próximos anos.
DOIS PONTOS:
PONTO 1:
O que há na cabeça dos dirigentes da Federação Bahiana de Futebol? Colocam Barreiras – que acabou desistindo de participar – e Guanambi no grupo de Vitória da Conquista, ao invés de Poções, Itambé e Itapetinga que são muito mais próximos.
PONTO 2:
Tem novidade chegando para os nossos amigos que acompanham o Redação na Mega Rádio VCA. O futebol amador passa a ter uma nova casa. Transmissões ao vivo e exclusivas do Intermunicipal, LCDT e Campeonato da Zona Rural.
Esta coluna volta antes da próxima nova reforma do Lomantão. Um abraço e até a próxima.
*Igor Novaes é jornalista, colunista de esportes do Redação Brasil, narrador e apresentador.
O mais tradicional palco do esporte conquistense, ao contrário do que muito se imagina, é o Estádio Edvaldo Flores. Localizado no Alto Maron, o local ainda respira o futebol dos anos 50, época de ouro dos clubes amadores da cidade, mesmo após sua última reforma entre os anos de 2013 e 2015.
O Edvaldo foi fundado em 1956, de lá para cá, o acanhado estádio, de capacidade para 1.200 espectadores (sentados) viu vários jogadores passarem por lá, mas ainda não viu uma reforma que o revitalizasse como merece.
Em 2015, na sua reinauguração, o gramado sintético encheu os olhos dos desportistas por causa da novidade, mas não os abriu para as melhorias que faltavam e ainda faltam.
Os vestiários necessitam de atenção, ficaram parados no tempo. Os postes de iluminação, que hoje não iluminam absolutamente nada, se tornaram a principal queixa dos desportistas já que o equipamento não cumpre muito bem a sua função em jogos noturnos, mas ainda não há nada que me chateie mais do que o total e completo esquecimento com os profissionais de imprensa.
Todos sabemos que os clubes profissionais do interior não têm um calendário tão grande e vasto como os gigantes das capitais. Em abril, após o Baianão, o torcedor conquistense mais raiz, passa a acompanhar mesmo é o Campeonato Municipal e da mesma forma, a imprensa esportiva local. Mas como uma emissora de rádio poderia transmitir os jogos sem ter cabine e pior ainda, sem eletricidade disponível naquelas tomadas próximas a lateral do campo? Algo que não foi pensado.
E temos muitas coisas ainda a se observar: gramado já prejudicado pela quantidade absurda de jogos e treinos todos os dias (e o dia todo), a falta de cobertura para a arquibancada – já que temos alguns jogos às 11 do domingo e ficar no sol nesse horário é de lascar – enfim, o resumo da ópera: gastaram 2 milhões de reais em um estádio que ainda necessita de investimentos e ninguém move uma palha. A pergunta que fica: Oh, e agora quem poderá nos defender?
DOIS PONTOS:
PONTO 1:
A semana da Libertadores tinha tudo pra ser boa para os brasileiros. Empates fora de casa de Cruzeiro e Palmeiras, vitória do Inter, mas os rubro-negros (cariocas e paranaenses) estarão de cabeça inchada até os jogos de volta. Tomara que o Grêmio consiga um bom resultado na noite desta quinta.
PONTO 2:
Começaram os Jogos Pan-americanos de Lima. Alguém sabia disso? 9 em cada 10 brasileiros provavelmente não, porque ninguém da emissora maior deu o devido destaque…
Esta coluna volta antes que o Edvaldo se torne uma arena multiuso no Alto Maron.
*Igor Novaes é jornalista, colunista de esportes do Redação Brasil, narrador e apresentador.
Às voltas com a inauguração do novo aeroporto Glauber Rocha, Vitória da Conquista estará no centro do noticiário estadual e nacional na próxima semana por receber as visitas do governador Rui Costa (PT) e do presidente Jair Bolsonaro (PSL) para a inauguração do equipamento.
“Tudo bem, Igor, mas o que isso tem a ver com esporte?”, você pode estar se perguntando agora. Na verdade, não tem nada (risos), mas isso me faz refletir sobre a infraestrutura da cidade. No esporte, por exemplo, temos três grandes praças e sobre elas quero falar nessa e nas próximas colunas.
A começar pelo Murilão, o Estádio Municipal da Zona Oeste, inaugurado em dezembro de 1992 e localizado no bairro Bruno Bacelar, com capacidade para 6 mil pessoas, o local é diferenciado por si. Ao mesmo tempo que tem o velho campo de terra, também tem vestiários subterrâneos, algo que pode parecer uma cereja num bolo de puba, mas que dá um charme especial ao estádio destinado ao futebol amador e podemos dizer que enquanto esteve em uso, cumpriu bem o seu papel.
A questão toda é que desde janeiro de 2017, o Murilão foi fechado pela PMVC para reformas e até agora nada. Nada de reforma e sem perspectiva para que isso aconteça.
Caso o estádio seja realmente reformado, ganhando um gramado, reforma dos muros e revitalização da estrutura do local, poderia ser uma alternativa até mesmo para o futebol profissional, visto que ele supera a capacidade mínima exigida pela FBF para o Baianão (5 mil pessoas).
Também possibilitaria uma cobertura mais firme do futebol amador da cidade por nós da mídia, visto que diferente do Edvaldo Flores, o estádio da Zona Oeste possui cabines de imprensa (ainda falarei mais sobre isso).
O ponto todo de discussão é: o que será feito? Por que ainda não foi feito? Quando será feito? Cabe a todos da Zona Oeste e do esporte de Conquista estarem juntos para cobrar essas respostas da Prefeitura.
DOIS PONTOS:
PONTO 1:
Mata-mata da LCDT começou já com Grêmio e Biriguidy em vantagem nos seus jogos. Próximo final de semana teremos Santos x Ponte Preta, Jurema x Comercial. Promessa de dois bons jogos no Edvaldo Flores.
PONTO 2:
Vamos aos jogos de volta da Copa do Brasil neste meio de semana. Bahia x Grêmio, Atlético-MG x Cruzeiro, Flamengo x Atlético-PR e Palmeiras x Inter. Alguns já decididos (ou não?), outros ainda com uma gordura pra queimar (ou não?²). Acompanhemos…
Esta coluna volta antes que o Murilão se torne uma das novas arenas do Brasil. Um abraço e até a próxima.
Igor Novaes – @novaesigor
*Igor Novaes é jornalista, colunista de esportes do Redação Brasil, narrador e apresentador.