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As praias de Salvador amanheceram vazias neste sábado (04), após todas as medidas restritivas e decretos para conter as aglomerações e o avanço do coronavírus na capital baiana que atualmente, de acordo com o a Sesab, no último boletim Epidemiológico divulgado nesta sexta-feira (3), consta o total de 36.813 casos confirmados de Coronavírus em Salvador.

Clique aqui e tenha acesso ao Boletim completo da Sesab.

VEJA: 

 

Novo Paraiso

Uma tartaruga coberta de óleo foi encontrada na Praia da Avenida, na cidade de Ilhéus, no sul da Bahia, na noite da terça-feira (29).

O animal foi socorrido por voluntários que faziam limpeza no local e foi levado para a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), no município. Não há detalhes sobre o estado de saúde da tartaruga.

De acordo com o Grupo de Amigos da Praia (GAP), além do animal, os voluntários recolheram cerca de 200 quilos de óleo durante a noite. A substância tinha atingido a praia durante a manhã, foi limpa e voltou a aparecer no final do dia.

Óleo atingiu praia na cidade de Ilhéus na noite da terça-feira — Foto: GAP

Na terça-feira (29), o governador da Bahia em exercício e vice, João Leão, assinou um Decreto Estadual de Emergência para liberação de recursos para mais 15 municípios do estado atingidos pelas manchas. Ilhéus é um deles.

Os outros 14 são: Belmonte, Cairu, Camamu, Canavieiras, Igrapiúna, Itacaré, Itaparica, Ituberá, Maraú, Nilo Peçanha, Taperoá, Una, Uruçuca e Valença.

No dia 14 de outubro, Camaçari, Conde, Entre Rios, Esplanada, Jandaíra e Lauro de Freitas já tinham recebido a liberação dos recursos, totalizando 21 cidades.

Segundo a assessoria do governo, com o decreto fica autorizada a mobilização de todos os órgãos estaduais, no âmbito das suas competências, nas ações de resposta ao desastre, reabilitação e reconstrução dos cenários.

Ainda na terça, os municípios de Belmonte, no sul da Bahia, e Taperoá, no baixo sul baiano, foram afetados pelas manchas de óleo, e subiu para 24 o número de cidades baianas atingidas pelas manchas.

Também surgiu uma preocupação com o Parque Nacional de Abrolhos, que abriga maior biodiversidade marinha do Atlântico Sul. Voluntários, moradores e membros de uma associação revelam que a manchas de óleo se aproximam de Abrolhos, mas ainda não foi registrado óleo no Parque Nacional.

Fonte: G1/TV Santa Cruz

Novo Paraiso

As manchas de óleo que atingem o litoral do Nordeste chegaram à cidade de Ilhéus, no sul da Bahia, na manhã desta sexta-feira (25). Com isso, subiu para 14 o número de municípios baianos contaminados. O estado está em situação de emergência.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, Meio Ambiente e Urbanismo de Ilhéus, Jerbson Moraes, o local afetado na cidade é a Praia do Norte. Nas imagens enviadas pelo secretário, é possível ver dezenas de manchas de óleo na areia.

De acordo com Jerbson Moraes, representantes da Marinha, Exército e Corpo de Bombeiros Militar do estado foram acionados por ele e estão à caminho do local, mas, até por volta das 9h, o trabalho de coleta do material ainda não tinha começado. Ainda não há estimativa da extensão da área atingida.

Além de Ilhéus, as outras cidades afetadas no estado são Salvador, Lauro de Freitas, Camaçari, Conde, Esplanada, Vera Cruz, Itaparica, Itacaré, Jandaíra, Entre Rios, Cairu, Maraú e Mata de São João. São quase 60 localidades contaminadas.

Manchas de óleo chegam em Ilhéus, no sul da Bahia — Foto: Divulgação

Segundo balanço das prefeituras, quase 300 toneladas já foram removidas dos locais afetados desde que o óleo chegou na Bahia, em 3 de outubro deste ano. O estado foi o último do Nordeste a ser atingido pelas manchas, que começaram a aparecer em setembro.

Destes municípios, Salvador (104,8 toneladas), Entre Rios (50 toneladas), Mata de São João (40 toneladas), Conde (25 toneladas) e Camaçari (20 toneladas) são os que mais tiveram óleo coletado até esta sexta-feira.

Na quinta-feira (24), pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) divulgaram que encontraram presença do óleo nos aparelhos digestivos e respiratórios de peixes e mariscos recolhidos em locais atingidos pela substância na região metropolitana de Salvador.

A UFBA recomendou que seja declarado estado de emergência em saúde pública na região por causa da contaminação de petróleo. Em um comunicado, a instituição defendeu portaria acionada em casos de “calamidade pública” e reforçou os riscos do contato com o benzeno, composto volátil e tóxico, liberado pelo óleo no meio ambiente.

A contaminação já gera prejuízos. A Bahia Pesca estima que cerca de 16 mil pescadores foram afetados, direta ou indiretamente, pelo derramamento de óleo em Salvador, Itaparica, Vera Cruz e praias do Litoral Norte, até a divisa com Sergipe.

Óleo foi encontrado em lambreta na Bahia — Foto: Reprodução/TV Bahia

Lista de localidades atingidas
Ilhéus (300 km – sul)

Praia do Norte (praia)

Cairu (300 km – sul):

Morro de São Paulo (2 e 3ª praias);
Boipeba (praia);
Garapuá (praia);

Maraú (250 km – baixo sul)

Praia de Três Coqueiros (praia)
Barra Grande (praia)
Taipu de Fora (praia)

Itaparica (Ilha de Itaparica – RMS):

Manguinhos (praia)

Vera Cruz (Ilha de Itaparica – RMS):

Jaburu (praia)
Barra Grande (praia)
Barra do Pote (praia)
Tairu (praia)

Salvador:

Piatã (praia);
Praia do Flamengo (praia);
Jardim dos Namorados (praia);
Jardim de Alah (praia);
Praia de Placaford (praia);
Buracão (praia);
Ondina (praia);
Pituba (praia);
Boca do Rio (praia);
Stella Maris (praia);
Farol da Barra (praia);

Lauro de Freitas (cidade limítrofe – RMS):

Ipitanga (praia);
Vilas do Atlântico (praia);
Rio São Joanes (rio);

Camaçari (47 km – RMS):

Arembepe (praia);
Guarajuba (praia);
Itacimirim (praia e manguezal);
Jauá (praia);

Mata de São João (61 km – RMS):

Praia do Forte (praia);
Imbassaí (praia e manguezal);
Santo Antônio (praia);
Costa do Sauípe (praia);

Entre Rios (142 km):

Subaúma (praia);
Porto de Sauípe (praia);
Massarandupió (praia);

Esplanada (170 km):

Baixio (praia);
Mamucabo (praia);
Rio Inhambupe (rio);
Rio Subaúma (rio);

Conde (186 km):

Barra da Siribinha (praia);
Barra do Itariri (praia);
Sítio do Conde (praia);
Poças (praia);

Jandaíra (205 km):

Coqueiro (praia);
Mangue Seco (praia);
Três Coqueiros (praia);
Costa Azul (praia);
Rio Itapicuru (rio);
Rio Real (rio);

Itacaré (390 km – sul da BA):

Tiririca (praia);
Itacarezinho (praia);
Maraú (250 km – sul da BA):
Barra Grande (praia);
Taipú de Fora (praia);
Três Coqueiros (praia);
Saquaíra (praia);
Algodões (praia);

Fonte: G1

Novo Paraiso

A Segunda e a Terceira Praia, localizadas em Morro de São Paulo, assim como as praias de Garapuá e Boipeba, todas no município de Cairu, no baixo sul da Bahia, foram liberadas para acesso, informou, por meio de nota, a prefeitura do município, na tarde desta terça-feira (22).

A prefeitura informou que equipes das Secretarias Municipais de Desenvolvimento Sustentável e Especial do Morro realizou a limpeza completa das áreas e a retirada de 1,5 tonelada do material até o final da manhã.

O executivo municipal disse, no entanto, que ainda está aguardando avaliação dos órgãos responsáveis para recomendar banhos de mar nos locais.

O Passeio Volta À Ilha também está funcionando normalmente, segundo a prefeitura.

O acesso aos locais havia sido interditado para realização de limpeza após a identificação da chegada das primeiras manchas de óleo na região, na madrugada desta terça. Em nota, a prefeitura de Cairu informou que a medida era “devido aos riscos causados pelas manchas de óleo aos banhistas, que podem causar reações nos pulmões e pele, e ao trabalho das equipes de limpeza”.

A Prefeitura de Cairu disse que conta com o apoio de voluntários equipados, assim como da empresa responsável pela limpeza pública da região e disse que manterá o monitoramento de todas as praias do município, incluindo Garapuá e Boipeba, para manter a costa livre de óleo.

O município disse ainda que recebeu representantes da Bahia Pesca e do Projeto Manatee e aguarda a chegada de equipes da Marinha do Brasil, da Petrobras, do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e do Inema (Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos).

A prefeitura recomenda que caso as pessoas encontrem novas manchas de óleo na área, devem entrar em contato com a Secretaria de Desenvolvimento Sustentável através do telefone (75) 3652-1064.

Caso

De acordo com a prefeitura, quatro praias foram atingidas pelas manchas em Cairu, sendo que as duas mais afetadas ficam em Morro de São Paulo, que é um dos principais pontos turísticos do estado. Os dois locais foram interditados por tempo indeterminado.

Com isso, subiu para 12 o número de cidades atingidas pelo óleo na Bahia. Além de Cairu, há registro da substância em Salvador, Lauro de Freitas, Camaçari, Conde, Entre Rios, Itacaré, Esplanada, Jandaíra, Vera Cruz, Itaparica e Mata de São João.

Em entrevista coletiva realizada nesta terça, em Recife (PE), o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou que descobrir a origem o petróleo não é prioridade neste momento. “Esse é o momento de trabalhar, recolher o óleo e dar o destino necessário e lá na frente também aprofundar as causas desse acidente”, afirmou.

Equipe recolhe óleo que atingiu praias de Cairu, na Bahia — Foto: Divulgação/Prefeitura

Em Cairu, os locais atingidos foram: a Segunda e a Terceira Praia de Morro de São Paulo, a praia da Cueira, em Boipeba, e a Ponta do Quadro, em Garapuá.

Segundo a prefeitura da cidade, nas quatro localidades foram achadas fragmentos do óleo, que foram recolhidos ainda no início da manhã por equipes das Secretarias Municipais de Desenvolvimento Sustentável e Especial do Morro, com apoio de voluntários e da empresa responsável pela limpeza pública.

Ainda conforme a prefeitura, o monitoramento de outras praias do arquipélago prossegue, e uma operação pente fino será realizada por equipes da gestão municipal em todas as localidades do município, para assegurar que não há vestígios de óleo.

 

Manchas de óleo coletadas em Morro de São Paulo, na Bahia — Foto: Bruno Arndt

Manchas de óleo na Bahia

As manchas de óleo começaram a chegar no estado em 3 de outubro, quase um mês após o início do problema no país. Mais de 200 praias já foram afetadas pelo óleo em todo o Nordeste. Na Bahia, são ao menos 49 localidades. O estado foi o último a receber a substância.

Por causa do problema, o Governo Federal reconheceu situação de emergência na Bahia. A situação foi reconhecida em decreto publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (22).

Na última semana, o Ministério Público Federal (MPF-BA) e o Ministério Público do estado (MP-BA) ingressaram com uma ação pública contra a União e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) por causa do óleo. Os órgãos disseram que veem “omissão” na demora em adotar medidas de proteção e que ingressaram com a ação “em decorrência das consequências e riscos ambientais provenientes do vazamento de óleo”.

Lista de localidades atingidas

Cairu (300 km – sul)

  • Morro de São Paulo (2 e 3ª praias);
  • Boipeba (praia);
  • Garapuá (praia);

Itaparica (Ilha de Itaparica – RMS)

  • Manguinhos (praia)

Vera Cruz (Ilha de Itaparica – RMS)

  • Jaburu (praia)
  • Barra Grande (praia)
  • Barra do Pote (praia)
  • Tairu (praia)

Salvador:

  • Piatã (praia);
  • Praia do Flamengo (praia);
  • Jardim dos Namorados (praia);
  • Jardim de Alah (praia);
  • Praia de Placaford (praia);
  • Buracão (praia);
  • Ondina (praia);
  • Pituba (praia);
  • Boca do Rio (praia);
  • Stella Maris (praia);
  • Farol da Barra (praia);

Lauro de Freitas (cidade limítrofe – RMS):

  • Ipitanga (praia);
  • Vilas do Atlântico (praia);
  • Rio São Joanes (rio);

Camaçari (47 km – RMS):

  • Arembepe (praia);
  • Guarajuba (praia);
  • Itacimirim (praia e manguezal);
  • Jauá (praia);

Mata de São João (61 km – RMS):

  • Praia do Forte (praia);
  • Imbassaí (praia e manguezal);
  • Santo Antônio (praia);
  • Costa do Sauípe (praia);

Entre Rios (142 km):

  • Subaúma (praia);
  • Porto de Sauípe (praia);
  • Massarandupió (praia);

Esplanada (170 km):

  • Baixio (praia);
  • Mamucabo (praia);
  • Rio Inhambupe (rio);
  • Rio Subaúma (rio);

Conde (186 km):

  • Barra da Siribinha (praia);
  • Barra do Itariri (praia);
  • Sítio do Conde (praia);
  • Poças (praia);

Jandaíra (205 km):

  • Coqueiro (praia);
  • Mangue Seco (praia);
  • Três Coqueiros (praia);
  • Costa Azul (praia);
  • Rio Itapicuru (rio);
  • Rio Real (rio);

Itacaré (390 km – sul da BA):

  • Tiririca (praia);
  • Itacarezinho (praia);

Voluntários coletam óleo em Morro de São Paulo, na Bahia — Foto: Bruno Arndt

Fonte: G1/BA

Parque Real - Bairro Planejado

A Marinha divulgou neste domingo que coletou 525 toneladas de resíduos nas praias do Nordeste desde o primeiro aparecimento das manchas, no dia 2 de setembro, na Paraíba. Segundo o órgão, o recolhimento é um esforço conjunto de órgãos federais, estados, municípios e voluntários.

Segundo a Marinha, só a região de Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, registra resíduos de óleo em seu litoral. As ações de limpeza estão em andamento. A Marinha ressalta que, pelo desconhecimento da origem do óleo, ainda não é possível saber por quanto tempo as manchas continuarão aparecendo.

No sábado, o Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA) informou que foram encontradas vestígios de óleo na praia do Tiririca e Itacarezinho, em Itacaré, na Bahia. Servidores da Secretaria do Meio Ambiente, da prefeitura, da Marinha e da Petrobras fizeram a limpeza e recolheram amostras para análise. Foram recolhidos 1,5 kg de resíduos.

Em Pernambuco, as manchas chegaram em Porto de Galinhas, Pontal do Maracaípe, Praia do Guaiamum, Sirinhaém e na foz do Rio Una. Segundo o grupo, as regiões foram limpas ao longo do dia. Além disso, a Petrobras contratou dois navios especializados no recolhimento de óleo no mar que ficarão estacionados na costa do estado, em Tamandaré e Maragogi.

O GAA é formado pela Marinha, Agência Nacional do Petróleo (ANP) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Compete ao grupo avaliar os incidentes, acompanhar as ações adotadas e manter o Ministério do Meio Ambiente informado sobre a situação.

Colaboração internacional

Órgãos nacionais e internacionais estão trabalhando para descobrir a origem do óleo. Segundo a Marinha, a colaboração envolve universidades, centros de pesquisa e Polícia Federal. Instituições estrangeiras como a Organização Marítima Internacional, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica do Departamento de Comércio e a Guarda Costeira dos Estados Unidos também colaboram com a investigação.

Por Gabriel Shinohara
Fonte: Globo

LABO

“O problema é seu. O problema é nosso”. Assim o Bahia inicia o manifesto em defesa das praias do Nordeste, que foram atingidas por manchas de petróleo desde o início de setembro. Para alertar sobre o tema, o clube usará um uniforme com manchas de óleo na partida contra o Ceará, marcada para esta segunda-feira, às 19h30 (horário de Brasília), no estádio de Pituaçu, em Salvador.

As manchas de óleo apareceram inicialmente na Paraíba e se alastraram para 171 municípios dos nove estados nordestinos. A substância encontrada é a mesma em todos os locais: petróleo cru. O fenômeno tem afetado a vida de animais marinhos e causado impacto nas cidades litorâneas. Mais de 150 praias já foram atingidas pelo óleo.

Na Bahia, as manchas apareceram no início de outubro. Além de Itacaré, houve registro da substância nas cidades de Vera Cruz, Itaparica, Salvador, Jandaíra, Lauro de Freitas, Conde, Camaçari, Entre Rios, Esplanada e Mata de São João.

Por conta do problema, o Governo do Estado decretou estado de emergência. O decreto irá liberar fundos para as cidades mais prejudicadas, que, até então, têm custeado a limpeza das praias.

A origem das manchas ainda está sob investigação.

Confira o manifesto completo lançado pelo Bahia.

O problema é seu. O problema é nosso.

Quem derramou esse óleo? Quem será punido por tamanha irresponsabilidade? Será que esse assunto vai ficar esquecido?

O Bahia é você, somos nós, cada ser humano.

É a forma como representamos o amor, o apego, o chamego, o sagrado, a justiça. O Bahia é a união de um povo que vibra na mesma direção, que respira o mesmo ar e que depende da mesma natureza para existir, para sobreviver.

Jogaremos nesta segunda-feira (21), contra o Ceará, em Pituaçu, com a camisa do Esquadrão manchada de óleo.

Um convite à reflexão: o que faz um ser humano atacar e destruir espaços sagrados? O lucro a qualquer custo pode ser capaz de destruir a ética e as leis que regem e viabilizam a humanidade?

A barbárie deve ser tratada como tal, não como algo natural.

Fonte: G1-BA
Novo Paraiso

O governo quer que a Shell explique o aparecimento de barris ligados à empresa no litoral do Nordeste. Os barris, que têm a inscrição de um lubrificante fabricado pela empresa, foram encontrados na praia da Formosa, em Sergipe. O esclarecimento sobre o achado foi requisito pelo Ibama, a pedido do ministro Ricardo Salles (Meio Ambiente).

A Shell Brasil esclarece que o conteúdo original dos tambores não tem relação com o óleo cru encontrado em diferentes praias da costa brasileira. “São tambores de lubrificante para embarcações, produzido fora do país. Ibama está ciente do caso”, disse a empresa em nota. A equipe do presidente Jair Bolsonaro ainda busca repostas a respeito das manchas de óleo em praias do Nordeste brasileiro. O número de pontos atingidos pelo derramamento de petróleo tem aumentado nos últimos 30 dias, mas ainda não se sabe a origem do vazamento.

Análises do Ibama e da UFBA (Universidade Federal da Bahia) apontaram que o óleo é venezuelano, o que o governo do país nega. Em comunicado conjunto, o Ministério do Petróleo e a empresa estatal de petróleo PDVSA disseram que não receberam nenhum relato de clientes ou subsidiárias sobre vazamentos de petróleo perto do Brasil. Simulações de computador feitas por pesquisadores indicam que a origem das manchas de óleo nas praias do Nordeste está no alto-mar, a pelo menos 400 km da costa.

Por Thiago Resende | Folhapress

 

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