A manhã deste sábado (16) foi de mutirão de combate à dengue no bairro Ipanema, responsável por alcançar a marca de 33,3% no primeiro Levantamento do Índice Rápido de Infestação por Aedes Aegypti (LIRAa) de 2024, em Vitória da Conquista – ou seja, o número mais alto entre todos os bairros e loteamentos da cidade.

Diante desse quadro de alerta, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) designou uma equipe formada por 26 servidores, entre agentes de endemias e supervisores, para dar início à tarefa de percorrer toda a extensão do Ipanema – uma área com 42 quarteirões e 1.365 imóveis, localizada entre os bairros Jurema, Jardim Guanabara, Morada dos Pássaros 2 e Conveima 1 – e verificar, de porta em porta, a existência ou não de potenciais focos de proliferação do mosquito responsável por transmitir doenças como dengue, zika e chikungunya.

“Hoje, estamos fazendo o tratamento e a parte informativa, que é o que a gente faz sempre. E pedindo sempre para os moradores colaborarem, porque a gente passa e faz o nosso trabalho, mas, se o morador não fizer o dele, o problema vai continuar”, informou a supervisora-geral de Endemias, Irlândia Carvalho.

Na casa do aposentado Norton Kornijesuk, 71 anos, que mora no número 12 da rua Japão, não foi encontrado nenhum indício da possível presença do Aedes Aegypti. Afinal, ele toma suas precauções – e espera que seus vizinhos também tomem, para o bem de todos. “Graças a Deus, na minha casa não foi encontrado nenhum foco, mas existem muitos focos em outras casas por aí”, comentou Norton. “E os cuidados que as pessoas têm que tomar são aqueles cuidados básicos. Como, por exemplo, evitar acumular água no quintal, em pneus, na água dos cachorros e em outras águas que estiverem paradas nos quintais das pessoas”, observou o morador.

Situação das arboviroses

De acordo com o boletim mais recente sobre a situação das arboviroses em Vitória da Conquista, divulgado no dia 4 pela SMS, já foram registradas 6.023 notificações suspeitas de dengue, zika ou chikungunya no município. Até o momento, a maioria foi para dengue, com 4.741 casos de pessoas com sintomas suspeitos, sendo 890 confirmados. Também foram confirmados 36 casos de chikungunya e um de zika.