O processo longo e burocrático da Anvisa para aprovar o uso emergencial de vacinas é alvo de críticas do secretário da Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas. Isso porquê a Bahia aposta muitas fichas na aquisição da vacina russa contra a Covid-19 Sputnik V.

O governo tem um contrato de prioridade para recebimento de até 50 milhões de doses do imunizante russo. Mas a Anvisa rejeitou pedido inicial de uso emergencial e aguarda mais documentos para analisar a liberação.

 

“É louvável uma agência reguladora criteriosa como a Anvisa, mas nesse momento está havendo exagero, inflexibilidade, e isso não é algo saudável para o país em um momento como o que estamos vivendo”, disse o titular da Sesab em entrevista ao Bahia Notícias no Ar, da rádio Salvador FM 92,3, nesta quarta-feira (20).

 

O estado espera retorno positivo do Supremo Tribunal Federal (STF) na ação que requereu, no último sábado (16), uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) para que seja permitido à Bahia e aos demais estados a possibilidade de importar e distribuir vacinas contra Covid sem registro na Anvisa, desde que registradas por uma Agência Reguladora Regional de Referência.

 

Durante a entrevista o secretário da Saúde ainda fez uma avaliação do andamento da vacinação na Bahia. O estado iniciou nesta terça-feira (19) a distribuição de doses para os municípios e a imunização de cerca de 180 mil pessoas.

 

“Tudo tranquilo. Tivemos um problema apenas em relação ao sistema de informação do Ministério da Saúde, mas o resto, em relação a logística que implantamos, funcionou e estamos muito satisfeitos com a eficiência da equipe”, disse Vilas Boas. *Bahia Notícias.