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ALBA - SETEMBRO
   

Falei, tá falado! — por Deusdete Dias

Vivemos tempos difíceis no Brasil. A política nacional parece ter virado palco para personagens que, em qualquer democracia sólida, sequer passariam da primeira triagem ética. No entanto, aqui, são eleitos — muitas vezes com base em mentiras e manipulações.

Um exemplo gritante é o caso da deputada federal Carla Zambelli. Em um dos episódios mais absurdos da recente história eleitoral brasileira, Zambelli gravou e divulgou uma fake news alegando que a rede de lojas Havan pertencia ao filho da então presidenta Dilma Rousseff. A mentira viralizou, e ela acabou eleita.

É neste ponto que precisamos refletir com seriedade: estamos desqualificando o nosso voto? Estamos tratando a política como entretenimento, esquecendo das consequências reais que esses atos produzem?

Mas a trajetória de Zambelli não parou por aí. Em 2022, a deputada sacou uma arma e perseguiu um cidadão que a havia criticado nas ruas de São Paulo. A cena, gravada e amplamente divulgada, expôs um comportamento incompatível com o cargo que ocupa. Ela foi processada e, mais uma vez, condenada.

Em 2023, a situação se agravou: Zambelli foi acusada de contratar um hacker para invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça. Um ataque direto à Justiça brasileira.

Agora, em 2025, a resposta do Judiciário veio de forma contundente. Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal condenou a deputada a 10 anos de prisão e determinou a perda do mandato parlamentar. O ministro Alexandre de Moraes ainda ordenou sua prisão imediata e a inclusão de seu nome na lista da Interpol.

No dia 29 de julho, Carla Zambelli foi finalmente presa em Roma, na Itália. Um pedido de extradição já foi formalizado.

É aqui que precisamos parar tudo e refletir: até onde vai a cegueira política de parte da sociedade? Até onde vamos permitir que indivíduos desrespeitem as leis e as instituições em nome de um “líder maior”, de uma narrativa fanática, de um projeto pessoal de poder?

A democracia exige responsabilidade. O voto exige consciência. Estamos passando dos limites — e não é pelo Brasil, mas por uma família, por um culto à personalidade que nada tem de republicano.

Pensem bem. Falei, tá falado!

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