Durante a sessão realizada na manhã desta quarta-feira (27), realizada na Câmara Municipal de Vitória da Conquista (CMVC), os funcionários do Centro de Atendimento Médico Infantil (CAMI) usaram a tribuna livre da Casa para reivindicaram apoio dos parlamentares para defesa do hospital.

A atual diretora administrativa do hospital, Riolan Rios, disse que a situação é complicada: “estamos necessitando de ajuda. Que vocês nos ajudem na reforma”. Ela lembrou, ainda, que a vereadora Viviane Sampaio (PT), presidente da Comissão de Saúde da Câmara, “conhece muito bem nossa realidade” e completou dizendo que “há 26 anos temos uma luta diária. Temos vários impostos, situações internas, como processos trabalhistas, e nossa situação é cada vez mais grave”.
Explicou ainda que a Vigilância Sanitária pediu que fosse feita uma reforma para que o hospital possa continuar suas atividades. “Por isso estamos aqui pedindo apoio de todos para nos ajudar”.
Os funcionários do CAMI também aproveitaram a oportunidade para pedir a ajuda aos vereadores. A senhora Maria das Graças (psicóloga) disse que cerca de 60 famílias estão agoniadas sem saber “como vão fazer para colocar o pão na mesa”. Pediu a todos, independente de partido, que ajudem os funcionários do hospital. “Não podemos deixar o hospital fechar. É referência do lado Oeste”. E concluiu afirmando que “famílias ficarão desabrigadas de atendimento médico. Muitos nem têm dinheiro para pegar o ônibus para ir a outros hospitais. É muita dor em nossos corações”.
Outro funcionário do CAMI que também fez uso da tribuna foi Gilson Matos. Ele afirmou que “a má administração do hospital fez com que chegássemos a essa situação”. Segundo ele, “a política dentro do hospital só acaba com a unidade, não queremos política lá dentro. O hospital chegou ao caos e por isso pedimos ajuda”.
Bancada de Situação – O vereador Luís Carlos Dudé (PTB), Líder da Bancada de Situação, relembrou momentos importantes do hospital, como o dia da inauguração. “Me emociono porque estive na inauguração junto com tantos outros, dando os primeiros passos”. Lembrou ainda que seu filho foi atendido no hospital há 27 anos e graças ao bom serviço prestado pela instituição, encontrou a cura”.  E reafirmou que “no que depender desta Casa estaremos juntos nessa luta, independente de partido. O CAMI não será como a CUPE, porque estaremos com todos, é uma questão humanitária”, concluiu.
Bancada oposição – O pronunciamento da Líder da Bancada de Oposição, Viviane Sampaio, foi baseado em dados da época em que ela era secretária municipal de saúde: “Na condição de ex-secretária de saúde, sei que essa instituição passa por dificuldades já faz um bom tempo”. Viviane lembrou que, por se tratar de uma instituição privada, o hospital tem que arcar com os impostos, “mas vamos tentar achar um caminho que possa ajudar esse hospital e essas famílias”, e concluiu dizendo que “enquanto presidente da Comissão de Saúde ajudarei de forma técnica para que o hospital não dependa de favores”.