Postado por Verônica Ferraz em 11 de jan de 2024
Dos 126.774 empreendimentos comercializados, 70,3% fazem parte do novo Minha Casa, Minha Vida
O programa habitacional Minha Casa, Minha Vida desempenhou um papel crucial no crescimento do mercado imobiliário em 2023, revelam dados de entidades ligadas às incorporadoras. Paralelamente, o índice que avalia a valorização das ações do setor lidera o aumento na Bolsa de Valores de São Paulo. As vendas de imóveis residenciais nos primeiros dez meses do ano passado registraram um expressivo crescimento de 23,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior, impulsionadas principalmente pelo referido programa federal.
Dos 126.774 empreendimentos comercializados, 70,3% fazem parte do novo Minha Casa, Minha Vida, conforme aponta o último levantamento do indicador Abrainc-Fipe, obtido pela Folha. Entre janeiro e outubro, o volume de unidades comercializadas dentro do programa social, que foi relançado durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apresentou um aumento de 27,3%, totalizando 89.126 imóveis. O presidente da Abrainc, Luiz França, destaca que o desempenho positivo do Minha Casa, Minha Vida reflete as medidas implementadas para ampliar o acesso à moradia para famílias de menor renda, segundo aponta reportagem da Folha de S. Paulo.
Criado em 2009 e revigorado em 2023 com ajustes, como um teto maior para financiamento, subsídios e juros mais baixos, o Minha Casa, Minha Vida contribuiu para a expansão do número de beneficiários e impulsionou o mercado imobiliário, mesmo diante das altas taxas de financiamento habitacional. Na Bolsa de Valores, o Índice Imobiliário liderou o crescimento, alcançando um aumento de aproximadamente 53%, enquanto o Ibovespa, principal índice da B3, teve um incremento de 20%. Em análise recente, o Itaú BBA destacou o fortalecimento proporcionado pelo programa federal, principalmente no segmento de baixa renda.