No dia em que o Brasil registrou 1.582 novas mortes por covid-19, o patamar mais alto desde o início da pandemia, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) optou por questionar o uso de máscaras e o isolamento social — ambos comprovadamente eficazes e recomendados por autoridades sanitárias para conter a disseminação da doença.

Citando um suposto estudo feito na Alemanha, sem dizer qual, Bolsonaro afirmou, durante sua live semanal, que as máscaras são “prejudiciais” às crianças, causando irritabilidade, dor de cabeça e dificuldade de concentração, por exemplo. O presidente evitou entrar em detalhes porque, segundo ele, “tudo deságua em crítica sobre mim”, mas afirmou ter sua própria “opinião” sobre o equipamento de proteção.

“Começam a aparecer os efeitos colaterais das máscaras”, disse, depois de listar uma série de problemas supostamente causados pelas máscaras. “Eu tenho minha opinião sobre as máscaras, cada um tem a sua, mas a gente aguarda um estudo sobre isso feito por pessoas competentes”.

Apesar dos questionamentos de Bolsonaro, o uso de máscaras só não é recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e pela Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) para crianças abaixo de 5 anos, segundo orientações publicadas em agosto do ano passado. Já a SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria) não indica o uso da proteção para menores de 2 anos, por risco de sufocamento. Leia mais em Uol.com