A Polícia Civil cumpre, na manhã desta terça-feira, mandados de busca e apreensão na sede do Cruzeiro, no Barro Preto, e nos centros de treinamentos dos profissionais e das categorias de base: Toca da Raposa e Toquinha.

Os alvos da operação são Wagner Pires de Sá, presidente do Cruzeiro, e Itair Machado, vice-presidente de futebol do clube, são alguns dos alvos da operação. A Polícia Civil também cumpre mandado de busca e apreensão na casa de ambos.

O atual bicampeão da Copa do Brasil é investigado por suspeita de operações irregulares. A dívida do clube chega a R$ 500 milhões. Em maio, a TV Globo teve acesso a documentos internos do clube que revelam transações irregulares e uso de empresas de fachada para ocultar crimes.

A corporação ainda não confirmou se a operação desta terça-feira tem ligação com as investigações que começaram no ano passado.

No fim de 2018, a Polícia Civil abriu inquérito para apurar irregularidades no clube. O inquérito se baseia em um balancete contábil analítico, que demonstra pagamentos feitos pelo Cruzeiro no decorrer do ano passado, ao qual o Fantástico também teve acesso. A reportagem foi além e conseguiu quase 200 páginas de contratos e planilhas de controle interno. Há evidências de que a diretoria cruzeirense quebrou regras da Fifa e da CBF, no âmbito do futebol, e do governo federal, por meio do Profut, programa de renegociação de dívidas fiscais com clubes.

Por Fernando Zuba, G1 Minas e TV Globo — de Belo Horizonte