Thayná Yaredy, advogada, professora, mestranda em ciências humanas e sociais na UFABC e Vice-presidente da comissão de igualdade racial da OAB/SP está à frente do projeto Vidas Iguais que objetiva lutar, para que os leitos de UTI da rede privada de saúde sejam agregados ao Sistema único de Saúde – SUS.

“Diante dessa frente de luta comunitária contra o coronavírus, é muito importante que tenhamos a unificação dos leitos privados com os públicos, para que assim possa evitar o colapso do sistema único de saúde, a partir do momento que se aumente o ´número de pessoas que tenham um diagnóstico positivo para a covid-19”.

Thayná ressalta, que esta ação visa a prática do direito social a vida, a saúde e a igualdade, e que o acesso a saúde é um bem de todos, por isso é o nosso dever assegurar que haja, de fato, igualdade a este acesso.

“No Brasil, cerca de 25% da população possui convenio médico. Diante disso, é importante observar que ¼ da sociedade brasileira tem a possibilidade de custear o seu serviço de saúde privada. No entanto, 56% do total de leitos de UTI existentes, somam 44 mil leitos, compõe a rede de leitos disponíveis dentro da iniciativa privada. Enquanto isso, 75% dos brasileiros podem acessar apenas 44% dos números totais de leitos das UTI, o que corresponde justamente aos leitos públicos de UTI, gerenciados pelos SUS e pelos aparelhos conveniados”.  

Diante dos dados, a pesquisadora salienta o quanto é importante que o SUS gerencie a rede pública de saúde, e que todos os leitos de UTI disponíveis possam ser somados a uma fila única, conforme o preceito de igualdade, garantido pelo Artigo 5º da constituição Federal.

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