Em mais uma iniciativa pioneira, o Grupo Ladeia está trazendo para Vitória da Conquista a primeira usina de reciclagem de resíduos da construção civil do interior da Bahia. O serviço responde à demanda do setor, que gera mais de dez mil toneladas de resíduos por mês na cidade, além de garantir o descarte adequado do material, com compromisso ambiental e social.

“Hoje, existem pontos de descarte que a Prefeitura Municipal disponibiliza para recolher esse material e, com certa regularidade, fazer o trabalho de aterramento com tratores. Apesar do esforço em disponibilizar e manter esse tipo de prática, não é o ambientalmente correto e também vai de encontro à Lei Municipal 1486/2008, que prevê a reciclagem dos resíduos da construção civil Classe A”, explica o pós-graduando em Gestão Ambiental e diretor da empresa, Venâncio Ladeia.

De acordo com o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), os resíduos da construção civil são provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras, e resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto, forros, argamassa, telhas, entre outros, que são denominados resíduos de Classe A. Segundo Venâncio Ladeia, “com a possibilidade de reciclagem desses materiais, além de não gerar impacto ao meio ambiente, os resíduos se tornam agregados e podem retornar como matéria-prima para o setor, inclusive para a Empresa Municipal de Urbanização (Emurc) e para o próprio aterro”. O material reutilizado pode se transformar em blocos, bloquetes e, até mesmo areia, para os mais diversos processos, desde que não sejam base estrutural.

O acúmulo incorreto dos resíduos da construção civil pode atingir sistemas de drenagem, dificultando o escoamento da água, em casos de chuva, e resultando em inundações. Além disso, materiais como gesso, amianto e resíduos químicos, quando não depositados corretamente, podem provocar danos ambientais e à saúde.

A usina de reciclagem do Grupo Ladeia está sendo finalizada. “Além da recepção do material, estaremos utilizando equipamentos para a reciclagem dos resíduos de Classe A, além de segregar e destinar, como matéria-prima, os outros resíduos para a indústria. Os resíduos de Classe D, que são nocivos à saúde, também serão tratados termicamente, de forma adequada”, descreve o diretor.

A empresa já possui o licenciamento ambiental para a atividade e, neste mês, acontece a entrega dos últimos equipamentos necessários para a oferta do serviço, que tem previsão de início no primeiro trimestre de 2021.