Em (Atos 9:6) e (Gálatas 2:20), o apóstolo Paulo via Jesus como um impostor e, por esse motivo, perseguia os cristãos. Mas, em sua viagem, aconteceu que, chegando perto de Damasco, subitamente o cercou um resplendor de luz do céu que o deixou cego temporariamente.

– “Senhor, que queres que eu faça?” perguntou Paulo a Jesus, em um ato de humildade.

Aqui, cabe uma reflexão sobre o atual momento do futebol brasileiro. Hoje, ao abrir um site de notícias fiquei estupefato ao ler a seguinte notícia, Mano minimiza Jesus: “com esses jogadores ai, Abel também teria sucesso no Flamengo”. Antes de terminar de ler, pensei! Mano vai passar aperto com os Cristãos… só pode ser ateu! Que nada, movido por um corporativismo de interesses, ele dispara, como uma Naja cuspideira (cobra que usa como defesa cuspir um jato de peçonha nos olhos da presa ou do predador na intenção de cegá-lo), sua arma cheia de peçonha, tentando cegar as pessoas e, com isso, abafar o sucesso do Jesus rubro-negro. Outro dia, em um programa de televisão vi, com esses olhos que a terra há de comer, o Levi Culpi dizer que ”os treinadores estrangeiros é que tinham que aprender com os técnicos brasileiros”. Para falar uma sandice dessa teve ter comido algum alimento estragado em um de seus vários restaurantes, só pode. Penso, também, que alguns desses treinadores têm dificuldade de entender o jogo como ele tem se apresentado, talvez por comodismo, falta de interesse ou mesmo por falta de capacidade cognitiva que, inclusive, faz parte do desenvolvimento intelectual.

Nesse sentido, não é necessário ser um especialista para ver que esses treinadores, os chamados técnicos de ponta, vivem gravitando na orbita dos grandes clubes brasileiros, ficam flutuando, pulando de um clube para o outro e ganhado salários astronômicos. Longe de mim fazer juízo de valor, se eles merecem ou não, se dão retorno ou não, contudo, é uma zona de conforto e, diga-se de passagem, que zona boa essa, Heim!

Assim, como o apóstolo Paulo se rendeu a Jesus, eles deveriam ter o mesmo ato de humildade e, por que não dizer, de sabedoria, aprender como utilizar seus elencos de forma que esses rendam o melhor possível, que o jogo competitivo não necessariamente precisa ser desassociado do futebol bem jogado e que organização tática não seja sinônimo de time defensivo. Até onde vai esta cegueira? Será necessário um feixe de luz divino? Acredito que só um conjunto de forças unindo, dirigentes, torcedores e a mídia, podem atacar de frente esse problema e nos leve, de forma definitiva, para uma mudança de paradigma, reduzindo, assim, o abismo abissal entre nosso futebol e o “esporte” que os europeus estão praticando na atualidade, e que pouco se assemelha com o nosso.


“Jorge vem de lá da Capadócia, montado em seu cavalo, na mão a sua lança,  defendendo o povo do perigo das mazelas do inimigo, vem trazendo a esperança…”

Que os Jorges, o Sampaoli e o Jesus, em suas temporadas aqui no Brasil, tragam a lume os treinadores da terra brasilis, pois eles, os jorges, já conquistaram os corações e as mentes dos que amam o futebol arte, independentemente de preferencias. Salve os Jorges!

Até a próxima.

Por: Eduardo Arêas
Administrador, Professor e mestre em Bioenergia